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Coluna do JC, Histórias

G. L PEASE: O HOMEM POR TRÁS DAS MISTURAS

Ilustração por Artur Lopes

No pipe show de Columbus, no final dos anos 90, eu me vi conversando com um cavalheiro muito alto e bem articulado que usava um boné de tolo[1]. Ele era brilhante e interessante. Ele sabia mais sobre o tabaco do que eu jamais poderia esperar, e conhecia os minuciosos detalhes dos cachimbos: da engenharia ao design; dos clássicos às interpretações artesanais modernas. A ironia era irresistível; ele estava com um chapéu ridículo que me fez querer rejeitá-lo como apenas mais um excêntrico colorido, mas eu não pude, porque ele era incrivelmente envolvente. Seu parceiro também estava com o mesmo chapéu. Eles haviam fundado uma empresa de tabaco chamada Friedman and Pease, e estavam promovendo sua mais nova mistura: “Fool’s Cap”.

 

Aquele homem era Gregory Pease, e ele se tornaria um blender de tabaco de reputação infinita, mas na época eu pensava que ele era apenas mais um cara de chapéu esquisito misturando componentes na mesa da cozinha da casa dele.

 

“Eu tive essa idéia para uma série inteira de tabacos nomeados com nomes de chapéus”, disse Gregory. “Apenas o Fool’s Cap e o  Fez[2] vingaram, mas eu usaria um Derby[3] ou uma Cartola – seria divertido”.

 

Friedman e Pease iniciou suas atividades em 1998, quando Gregory estava ao telefone com seu amigo Irwin Friedman. Eles conversavam frequentemente sobre tabacos, e Irwin estava agitado com mais uma mistura favorita que havia sumido do mercado americano. “Acho que foi Rich Dark Honeydew de Gawith Hoggarth & Co.”, disse Gregory. “Era uma mistura inglesa brilhante feita com excelentes virgínias – era impressionante”. Gregory estava afastado do trabalho na época – síndrome do túnel do carpo – causada por 60 horas semanais de trabalho com computadores, então ele tinha algum tempo livre e disse: “Oh, pros diabos com isso. Vamos começar nossa própria empresa.” E assim o fizeram.

 

“Assim que disse aquelas palavras, vi o produto em minha mente. Eu não tinha ideia de como produzi-lo, nenhuma ideia de quais etapas seriam necessárias para que aquilo acontecesse, mas parecia a coisa certa a se fazer. A partir de então, estava listando produtores de tabaco, aprendendo design gráfico para que eu pudesse desenhar os rótulos, criando misturas e basicamente transformando minha cozinha em uma fábrica de tabacos. Era muito divertido.”

 

É assim que Gregory costuma abordar assuntos que o interessam. Ele é um cara renascentista que experimenta a vida a partir de inúmeros pontos de referência. Seus interesses são muitos e, quando ele se interessa, é implacável. Quando jovem, por exemplo, seu interesse pela música o levou a passar vários anos como músico de rock em bandas de glam metal e punk, incluindo todo o cabelo e maquiagem que acompanham essas vertentes.

 

Com uma mente que absorve tudo com o que se depara, Gregory desenvolve resultados reais a partir de suas muitas experiências. Quando ele se interessa por algo, aborda o assunto com imersão total. “Estou interessado em quase tudo, e não há muitos assuntos nos quais eu não mergulhei fundo pelo menos uma vez”, diz ele. “Eu gosto de bagunçar as coisas.”

 

Ele é fotógrafo desde a infância e fez sua primeira impressão em câmara escura aos oito anos de idade. Ele publicou calendários com temas de cachimbos utilizando suas próprias imagens profissionais; algumas de suas fotos foram exibidas em galerias, enquanto outras se tornaram parte de coleções particulares. Gregory passou muitos anos modificando, projetando e construindo amplificadores de guitarra, por um tempo administrando sua própria empresa chamada High Energy Engineering, que fazia trabalhos de design e desenvolvimento personalizados. Além disso, ele é esgrimista há anos. Não com madeira e postes, mas com espada, sabre e florete, e ele praticou kung fu e chi chuan durante a maior parte de sua vida adulta.

 

“Eu também sou certificado como hipnoterapeuta clínico e estudei Medicina Tradicional Chinesa, apesar de nunca haver praticado. Quando você ouvir o telefone tocando, esquecerá que ouviu isso.”

 

Gregory uma vez montou um elaborado aparelho automático para fazer café a partir de itens liberados do laboratório de química num antigo emprego. “Meu chefe, na época, não apreciava minha criatividade.” Ele restaurou carros esportivos britânicos e italianos e construiu modelos em escala de trabucos, catapultas e balistas (antigos artefatos militares), além de telescópios. Quanto à sua vida profissional antes de misturar tabacos, ele passou 18 anos desenvolvendo reconhecimento de voz por computador e síntese de fala, além de sistemas operacionais, aquisição de dados em tempo real e processamento e armazenamento de imagens de alto desempenho.

 

Esse é um cara que, nos anos 70, construiu um computador de 4 bits a partir de componentes discretos. Ele estava no segundo ano do ensino médio. Ele também é um talentoso cozinheiro e viticultor, e foi sócio e desenvolvedor de códigos de uma empresa que criou misturas criativas de especiarias e molhos picantes, e o paladar que ele desenvolveu para essas atividades revelou-se muito útil ao misturar tabaco. Ele é esperto. Mas, mesmo assim, sua incursão inicial na indústria do tabaco não foi fácil.

 

Os tabacos da Friedman & Pease dobraram suas vendas depois de um ano e meio. O caminho para tornar uma empresa viável e pertinente estava claro para Gregory, mas ele e Irwin discordaram. E eles estavam perdendo a paciência um com o outro. “Então, encerrei a parceria. Basta dizer que foi um divórcio muito turbulento”. Eles não permaneceram amigos. “Longe disso”, disse Gregory.

 

A questão final entre eles foi quando Gregory viajou para a Carolina do Norte para conversar com Craig Tarler, da Cornell & Diehl. Ele queria estudar a possibilidade da C&D fabricar os tabacos da Friedman & Pease em larga escala. “Não podia fazer tanta coisa na minha cozinha”, disse Gregory. “Eu estava misturando, embalando, etiquetando e despachando”. Irwin se opôs, e esse foi o fim para Gregory. Ele dissolveu a parceria. Ele foi o desenvolvedor dos tabacos e foi responsável pela maior parte do esforço físico, e sentiu que poderia avançar suas idéias de maneira mais eficiente e com mais liberdade. No ano 2000 ele desenvolveu uma série de novas misturas e iniciou a G.L Pease, Ltd.

 

“Pouco tempo depois, eu estava fazendo tudo novamente, desde o desenvolvimento até a embalagem – depois enviando o produto final para a Cornell & Diehl distribuir. Isso rapidamente se tornou ridículo”. Embalar (enlatar), por exemplo, era muito trabalhoso. Ele tinha apenas uma máquina manual para isso, e exigia pelo menos 21 voltas em uma manivela para selar cada lata. “Não demorou muito para me cansar disso, então automatizei a coisa com um motor e uma embreagem arrancados de uma furadeira sem fio. Muito menos cansativo”.

 

Depois disso, ele simplificou ainda mais enviando tabaco misturado para C&D. “Eles me enviavam componentes. Eu fazia a mistura na Califórnia, mandava de volta para eles. Eles embalavam e distribuíam. Não demorou muito tempo para Craig e eu decidirmos que não fazia sentido. Por conta de todos os custos de envio, decidimos que a Cornell & Diehl começaria a fabricar tabacos G.L. Pease sob licença”. Os fumantes de cachimbo responderam e a marca cresceu de maneira impressionante e rápida. “Eu gosto de pensar que foi por causa da qualidade das misturas”, disse Gregory, “em vez de meu charme e boa aparência”.

 

Mas nem mesmo Gregory Pease pode simplesmente começar a misturar tabacos de sucesso sem algum tipo de experiência específica. Primeiramente ele sempre foi um fumante de cachimbo – começou no ensino médio. “Tudo começou por causa do meu professor de química do ensino médio, Sr. Havel, que baforou Borkum Riff em seu escritório – acho que era a variante do whisky. Estou velho, é isso é evidenciado pela lembrança de uma época em que os professores podiam fumar em seus escritórios. A ideia do cachimbo me atraiu, então eu pensei em tentar. Eu (menor de idade) consegui comprar um “Medico” meio curvo jateado, além  de um pouco de um tabaco aromático de cereja ou maçã – como muitos fumantes de cachimbo, comecei com tabacos aromáticos à granel, e assim como eles, a experiência não foi inteiramente satisfatória. Eu acabei me graduando no material a granel reembalado que muitas tabacarias vendiam – os bulks – um pouco melhor, mas ainda não totalmente agradável”.

 

Como estudante universitário em Berkeley, em 1978, Gregory descobriu o que era verdadeiramente fumar cachimbo quando visitou a tabacaria Drucquer & Sons – a apenas uma quadra do campus.

 

“Quando entrei na Drucquer’s, finalmente experimentei tabaco de verdade. Quero dizer, tabaco que não cheirava à uma mistura do meu gramado, que não era pegajoso ao toque ou encharcado do que mais tarde aprendi que era o propilenoglicol (um umectante) . Foi um momento decisivo e aprendi rapidamente a amar os estilos mais tradicionais de tabacos. Na época, todas as misturas que agora consideramos ‘clássicas’ e ‘vintage’ eram facilmente encontradas, e eu explorei praticamente todas as misturas enlatadas nas prateleiras, além daquelas produzidas pela própria tabacaria. Os tabacos clássicos realmente me atraíram – os Four Squares, os Sullivan & Powells, os Sobranies, os Dunhills, os State Expresses e, é claro, os Nuns“.

 

Foi na Drucquer’s que Gregory descobriu as vantagens do envelhecimento do tabaco. “Desde então, estive estocando adegas. Assim como nos vinhos, os tabacos envelhecidos podem fazer de uma boa mistura uma mistura ainda melhor, aumentando sua doçura natural, desenvolvendo sua complexidade, oferecendo novas camadas e diferentes dimensões à fumaça que é apenas insinuada no produto fresco”. Ele aprendeu que o envelhecimento funciona bem, porém, apenas quando o tabaco é bom mesmo sendo fresco. “Um amigo meu do mundo do vinho me disse: Um vinho envelhecido é magnífico se for um bom vinho fresco. Envelheça uma garrafa de vinagre e você acabará com uma garrafa de vinagre velho”.

 

No entanto, foi a atmosfera da loja de tabaco que atraiu Gregory particularmente. Ele era estudante universitário e músico de rock & roll, cabelos compridos – inexperiente e jovem – mas o ambiente tradicional o inspirou e o agradou. “Estava escuro e esfumaçado, com painéis de madeira escura, vidro e cachimbos por toda parte, e um belo humidor. As pessoas que trabalhavam lá eram conhecedoras e estavam claramente lá porque amavam o que estavam fazendo. Senti-me familiarizado com as pessoas, e também tinha esse sentimento de pertencer àquele mundo. Pareceu o correto. Se eu fechar meus olhos, ainda posso vislumbrar a entrada. Posso experimentar mais uma vez entrar por essas portas. Sim, foi lindo e sinto muita melancolia por ter acabado.”

 

Gregory gosta de dizer que, depois de entrar na Drucquer’s, ele nunca foi embora. “Estava cheio de pessoas que adoravam cachimbos, tabaco, charutos. Era um lugar real para pessoas que pensavam da mesma forma, e foi aí que eu realmente comecei a aprender sobre o tabaco, sobre o fato de que ele não precisa ter aditivos aromatizantes para ser bom. Eu aprendi a encher um cachimbo pela primeira vez da maneira correta e iniciei meu longo caso de amor com o latakia, e passei tanto tempo lá quanto pude. Todo o meu tempo livre foi gasto naquela tabacaria.”

 

Um dia, o proprietário da loja, Robert Rex, disse a Gregory: “Você está aqui com demasiada frequência para não trabalhar aqui”. Ele ensinou Gregory a restaurar cachimbos, polir piteiras e fornilhos com cera adequada, incluindo o banho de cera em cachimbos de meerschaum. Pouco depois, Gregory estava misturando tabacos e usando a máquina de enlatar, rotulando e aprendendo cada vez mais sobre as misturas de tabaco “Todos na loja faziam tudo”. disse Gregory. “Era um tipo de trabalho igualitário.”

 

“Eu trabalhei na Drucquer’s com três proprietários diferentes em três momentos diferentes, fazendo pausas na minha carreira tecnológica. A esposa de um dos proprietários voltou quando eu estava misturando tabaco um dia e disse: Você parece realmente gostar disso. Eu respondi: Sim, eu gosto. Ela olhou para mim com esse olhar incrédulo no rosto e disse: Por quê? Basicamente, o que expliquei a ela foi que era um processo muito alquímico. É como reunir os quatro elementos dessa maneira harmoniosa para criar algo que é maior que a soma de suas partes. É algo belo. Ela concordou com a cabeça e foi embora, mas para mim, era uma coisa mágica e quase espiritual participar desse processo naquele nível.”

 

Além de muitas outras realizações, Gregory é um excelente escritor, com uma coluna no Pipesmagazine. Eu me aproximei dele há muito tempo para escrever para a revista Pipes & Tobaccos, mas ele estava muito ocupado na época. Mais tarde, ele descobriu que tinha algum tempo e se ofereceu para escrever para nós, mas eu o recusei porque tínhamos muitas colunas aglomerando histórias. Contudo, ainda mais tarde, encontramos o momento correto e ele contribuiu com uma coluna regular, que era enormemente popular e sempre instigante.

 

Gregory adotou duas abordagens básicas para o desenvolvimento de misturas. Uma delas é começar com uma premissa – uma idéia sobre um perfil de sabor – e trabalhar para alcançá-lo. A outra abordagem que ele utiliza é identificar as características das misturas existentes  que ele gosta, mas acha que seriam mais interessantes se determinados nuances fossem elevados ou modificados e trabalhar na direção dessas ideias. Essa abordagem se reflete particularmente em sua coleção clássica, inspirada em grandes tabacos “canônicos”.

 

Sua familiaridade e afinidade naturais com o tabaco não facilitaram necessariamente o desenvolvimento de suas misturas. Sua mistura Westminster, por exemplo, levou 13 meses para ser criada. “E para ser sincero, ainda não tenho certeza de que está pronta”, disse Gregory. “Consegui o que queria com ela, que era tentar recriar a experiência de fumar a Dunhill London Mixture do período pré Murray. Era da época que ainda era misturada à mão, e eu adorei. Fumei muitas latas. É claro que assim que a Murray assumiu o controle a mistura mudou. Eu queria a experiência que tive pela primeira vez, então os 13 meses de recriação para mim foram bem gastos.”

 

Esse respeito e apreço pelo tabaco é o que Gregory trouxe para sua empresa. Foi com seu amor pelos tabacos clássicos que ele seguiu seu próprio estilo de mistura, e os valores que ele desenvolveu na Drucquer’s contribuem para tudo o que ele fez desde então. “Comecei a inventar minhas misturas em busca da pureza e qualidade dos ingredientes, cuidado e precisão na mistura, equilíbrio e complexidade. Minha esperança é que os fumantes de cachimbo reconheçam a paixão que existe na criação dessas misturas e o respeito à tradição e a história do tabaco que inspira essas misturas. Eu me esforço para produzir misturas que se fundem em uma experiência que envolva o fumante, que prenda sua atenção e que ofereça uma fumaça em evolução do começo ao fim, porque um fornilho de tabaco nos conecta ao passado como nada mais”.

 

 

Traduzido por JC Pereira (Corn Cob’s World Brasil) | Original por Chuck Stanion em : www.shorturl.at/nvW36

Caso queira ver a versão plágio desse artigo, acesse www.cachimbobrasil.com

[1] Típico chapéu usado por bobos da corte – Fool’s Cap.

[2] Ou tarbush, é um chapéu que se popularizou quando foi incorporado ao traje oficial do governo do Império Otomano.

[3] Chapéu coco – típico chapéu usado por Charlie Chaplin

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